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Conheça Parintins

 27.01. 2017 |  Yanka Senna

1001 roteiros

“Na ilha Tupinambarana nasceu Parintins, que eu vou decantar. Parintins dos parintintins é o nome da tribo desse lugar...” Com esse trecho da música de Chico da Silva vamos conhecer um pouco mais dessa terra encantadora, Parintins.

                                  Aeroporto de Parintins (Foto: Divulgação/Parintins 24h. Disponível em: http://migre.me/vULEv)

Os primeiros registros da história de Parintins começam por volta de 1749 quando o explorador José Gonçalves da Fonseca, desce o rio Amazonas e se depara com a ilha. A fundação da localidade, porém, só foi realizada em 1796, por José Pedro Cordovil, que veio com seus escravos e agregados para se dedicar à pesca do pirarucu e à agricultura, chamando-a Tupinambarana.

Ao sair dali, algum tempo depois, ofertou a ilha à rainha D. Maria I. Essa por sua vez, elevou a então Tupinambarana à missão religiosa, em 1803, pelo capitão–mor do Pará, o Conde dos Arcos, que incumbiu sua direção ao frei José das Chagas. Em 25 de julho de 1833, passa a freguesia, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana.

Somente em 1853, deu-se a instalação do município de Parintins. O nome da freguesia só foi alterado em 1880, quando a sede passou a chamar-se "Parintins", em homenagem aos povos indígenas parintintins, um dos inúmeros que habitavam a região. Nessa mesma época a sede do município recebe foros de município.

                                                                        Vista de Parintins (Pedro Coelho/Divulgação)

 

O carro chefe de Parintins é o Festival Folclórico de Parintins. O evento acontece durante três noites, no último final de semana de junho. No evento é possível encontrar lendas, rituais, figuras típicas, tribos e cordões de danças regionais. Tudo ao sabor das toadas.  O Festival é uma fusão dos povos que estiveram na Amazônia, em especial do nordeste brasileiro – que trouxeram a cultura dos folguedos juninos.  

                    Cidade é “dividida” entre os bois Garantido e Caprichoso (Parintins24h. Disponível em: http://migre.me/vULDQ)

Caravana da Cultura (http://migre.me/vULzx)

Em Parintins, essas misturas resultaram no auto do boi, com Pai Francisco, Mãe Catirina, o Negro Gazumbá, a Lenda do Boto, Cobra Grande, Mapinguarí, Matinta Perêra e outras expressões do folclore popular.

Um dos destaques : a rainha do folclore (Arquivo Pessoal)

Uma das alegorias do Festival ( Arquivo Pessoal)

Segundo um dos técnicos de segurança do trabalho, responsável pelo galpão central de alegorias do Boi Caprichoso, Yedo Prestes, as alegorias são montadas em um período médio de 4 meses, que antecedem em torno de 7 meses de pesquisa. Espaço e recursos financeiros são as maiores dificuldades enfrentadas pelos colaboradores.

Yedo Prestes na preparação de evento do Boi Caprichos (Arquivo pessoal)

Momentos que antecedem o Festival (Arquivo pessoal)

Boi Garantido: Boi vermelho e branco. Fundado por Lindolfo Monteverde em 1913. Conta com 31 títulos.

Boi Garantido (http://migre.me/vULAG)

Boi Caprichoso: Boi azul e branco. Fundado por Roque Cid, em 1913. Conta com 21 títulos.

Boi Caprichoso (http://migre.me/vULAg)

A disputa é tão acirrada que o Bumbodrómo (evento onde acontece a festa) é pintado de um lado vermelho e outro azul. Durante a apresentação do boi contrário, a galera adversária não pode se manifestar. 

Bumbodrómo (Foto: Pedro Coelho/ Divulgação)

Para conhecer um pouco mais de cada boi, acesse:

http://www.boicaprichoso.com/

http://www.garantido.com.br/

 

Mas quem quer conhecer Parintins, além do Boi, há diversas atrações como:

  1. Catedral de Nossa Senhora do Carmo.

lado, tem Construída em forma de cruz, conta com missas diárias e uma arquitetura belíssima. Ao -se uma torre. Com altura de 42 metros, o visitante pode subir por uma escada de 162 degraus para contemplar a vista da cidade. Como curiosidade em 1965, por iniciativa do Sr. José da Preferida, realizou-se, na quadra paroquial, o 1º Festival Folclórico de Parintins cuja renda toda foi revestida em favor da construção

(Arquivo Pessoal)

Há também a Festa de Nossa Senhora do Carmo. Devotos de Nossa Senhora do Carmo, realizam anualmente de 06 a 16 de julho uma das maiores festas religiosas do Estado, que culmina com a procissão em louvor à santa. Além disso, conta com diversas atrações musicais e arraial festivo.

Procissão reúne milhares de fiéis (Riso Alencar)

2. Balneário Cantagalo.

Localizado na comunidade suburbana do Aninga, é dotada de píer, balneário, restaurante e quadras de areia, palco para shows e bosque para acampamentos. Lugar ideal para o ecoturismo.

(TripAdvisor – colaborador Vinicosta82. Disponível em: http://migre.me/vULC1)

3. Vila Amazônia.

Saindo um pouco da cidade, para chegar à Vila Amazônia precisa-se de 10 a 20 minutos de barco. Recanto de belezas naturais, conta com trilhas, igarapés e cachoeiras. A Vila Amazônia foi o berço da imigração Japonesa na década de 30.

Vila Amazônia (Disponível em: http://migre.me/vULCE)

4. Orla de Parintins.

 

Se você quiser simplesmente relaxar, pode apreciar a beleza do rio Amazonas e uma linda vista do por do sol.  Um calçadão circunda a orla, que oferece bares e restaurantes com delícias regionais.

Orla de Parintins (Arquivo Pessoal)

Sem a euforia dos dias que antecedem o grande festival folclórico, Parintins é apenas uma aldeia de gente muito simpática, simples e humilde. Um cotidiano, simples para uns, mas repleto de arte e dons artísticos. A arte está na veia do parintinense. Além disso, é uma cidade cheia de belezas naturais, é uma ilha encantadora. Não há quem não se apaixone.

Vista de Parintins (Disponível em: http://migre.me/vULFm)

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 O amazônia 360° 

 

O homem e o rio são os dois mais ativos agentes da Geografia humana da Amazônia. O rio enchendo a vida do homem de motivações psicológicas, o rio imprimindo à sociedade rumos e tendências, criando tipos característicos na vida regional.

 

Livro: O Rio Comanda a Vida

 

(TOCANTINS, 1972, p.276)

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